Hoje se completam 58 anos desde o golpe empresarial-militar no Brasil. Diante de narrativas e discursos que disputam o monopólio do passado, relativizando a ditadura e a tortura de centenas de pessoas, os estudantes de História devem sempre rememorar a catástrofe que a ditadura trouxe ao nosso país.
A ferida deixada pelo golpe em nosso povo ainda não se cicatrizou, mesmo após tanto tempo, ainda não foram solucionados casos de desaparecimentos e mortes de militantes durante o período da ditadura. Enquanto isso, órgãos como Arquivo Nacional - que nos possibilitam investigar esse passado sombrio - estão sendo desmontados pelo Governo Bolsonaro, tornando a tarefa de denúncia de ocultações de mortes durante a ditadura ainda mais difícil.
Apesar da redemocratização do Brasil, ainda vivemos sob o julgo da ditadura da burguesia, onde a classe trabalhadora se vê cada vez mais explorada e sem perspectivas. Assim como na época da ditadura, os trabalhadores, estudantes e militantes comunistas não se calam diante de seus opressores, mesmo sendo cada vez mais silenciados e perseguidos pelo grande capital.
Como o grande pensador Walter Benjamin já apontava, "os mortos só estarão seguros quando o inimigo parar de vencer, e esse até agora não tem parado de vencer". Hoje vivemos subjugados à um governo genocida e saudosista aos anos de chumbo, por isso, se faz essencial retomar a luta daqueles que resistiram bravamente à ditadura e não deixar que apaguem sua memória.
Hoje, a FEMEH homenagea os companheiros assassinados pela ditadura militar, que suas lutas sejam reconhecidas e sirvam para nos mostrar que o capitalismo só têm isso a nos oferecer - morte, repressão e miséria.
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